Como o BTS entrou na minha vida?

Uma das coisas que sempre avaliei nos meus ídolos é o talento, mas também o que fazem quando as luzes do palco se apagam. O BTS chegou na minha vida em 2022, após eu assistir à apresentação de um dos membros, Jungkook, na abertura da Copa do Mundo no Catar. Foi um fascínio instantâneo por aquele garoto, que eu classifiquei naquele instante como tendo um espírito de "Michael Jackson" na alma! Fui imediatamente atraída pela sua forma de dançar e por sua voz, mas não sabia que ele fazia parte do BTS. O locutor mencionou que ele era do grupo, e imediatamente fui buscar mais sobre ele e caí de paraquedas no MV da música "ON". E daí, pronto! Peguei minha bicicleta e desci essa ladeira sem freio. Mesmo tendo sido Jungkook o responsável por me trazer para o BTS, ele não foi meu "ultimate bias" (utt). De cara, meus utts foram Jin, Jimin, Namjoon e Min Yoongi, sendo Namjoon o primeiro a entrar na lista! Sei lá, senti uma energia diferente nele, e isso mais tarde se confirmaria como uma conexão absurda, fazendo dele atualmente o meu único utt. Mas isso é papo para um outro post!

Desde 2022, venho estudando sobre o grupo, a história de cada integrante, como tudo começou e em que momento eles se tornaram essa potência que são hoje. À medida que descobria mais sobre eles, fui me identificando ainda mais.

Nasci em 9 de março de 1991, no mesmo dia e mês que Min Yoongi, e para mim foi uma honra descobrir que compartilho essa data com alguém que eu considero um verdadeiro sobrevivente! Min Yoongi passou por situações difíceis, sofreu um acidente que lesionou seu ombro, enfrentou a depressão e sobreviveu a si mesmo, tornando-se o maior rapper que a Coreia já conheceu.

Outra parte da minha vida que me ligou fortemente ao BTS foi o preconceito e bullying que enfrentei na infância por causa da minha aparência. Não fui uma criança com muitos amigos e era bastante excluída, pois acreditavam, por conta dos comentários de um colega, que eu tinha alguma condição transmissível devido à aparência que tenho até hoje por causa da microcefalia, a síndrome com a qual nasci. Fiz um total de 7 cirurgias ao longo da infância, a primeira com apenas 9 dias de vida. Nessa cirurgia, que durou quase 18 horas, tive duas paradas cardíacas. E por que digo que essa parte da minha vida me liga ao BTS? Porque J-Hope, ao chegar ao BTS, sofreu preconceito por sua aparência fora dos padrões de beleza coreana e foi completamente ignorado pelo ARMY coreano, chegando a usar uma máscara por causa disso. Jimin também se cobrava muito em relação ao seu corpo, fazendo dietas absurdas para se manter em forma! Então, minha ligação com esses dois integrantes é exatamente essa, pois eles entenderiam essa fase da minha vida.

Taehyung, meu "menino do jazz", chegou a adquirir a síndrome de burnout por se cobrar demais e por não se achar suficiente, comparando-se com os outros membros do grupo. Eu entendo completamente o que ele sentiu, porque sempre me cobrei muito. Como não tinha a melhor aparência, me cobrava em outras áreas, principalmente nos estudos, e sempre me comparava com os outros. Não adiantava o quanto alguém me dissesse que eu era boa em algo; eu sempre achava que alguém era melhor e me pressionava a alcançar a perfeição constantemente. Portanto, compreendo perfeitamente essa fase pela qual Taehyung passou.

Com Jungkook, me identifico em sua insegurança. Não importa o que o mundo diga, sempre sentimos aquela insegurança de que as pessoas estão nos julgando por algo. Com Jin, a conexão que mais me liga a ele não é uma característica pessoal, mas sim algo pelo qual me apaixonei desde a primeira vez que o ouvi: sua voz! Sou apaixonada pela voz de Kim Seokjin! Que voz poderosa!

E, por fim, Namjoon. A sintonia que tenho com ele transcende o BTS. Ele me trouxe de volta à música, me lembrou da criança que sonhava em ser cantora, aquela que tinha a música como seu maior refúgio durante os anos de bullying. Identifico-me com Namjoon em vários níveis, de hobbies a paixões. Eu diria que ele é meu irmão de alma, aquela pessoa com quem eu sempre buscaria compartilhar tudo, desde alegrias até tristezas. Porque, não importa como eu esteja, ele sempre terá uma palavra de conforto e ânimo para me oferecer.

E assim encerro a minha história com o BTS. Para mim, eles não são apenas um grupo musical que não saem da minha playlist! Em cada um deles eu encontro partes de mim, partes da minha história, e em cada um deles encontro motivos para não desistir e lutar contra a depressão e ansiedade que todos os dias eu preciso lidar dentro de mim! BTS me trouxe a vontade de sonhar, me trouxe esperança, mas me trouxe o meu primeiro e maior amor de volta: a música! E a eles serei eternamente grata sempre por serem estas estrelas que me guiam dentro da minha escuridão!

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